sábado, 16 de abril de 2011

PARQUE LAGE

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O Parque Lage está ligado à memória de nossa cidade. Antigo engenho de açúcar na época do Brasil Colonial, suas terras se estendiam até as margens da lagoa, (atual Rodrigo de Freitas), conhecida na época pelos índios como de Sacopenapã - lagoa de raízes chatas, em Tupi-Guarani. O Engenho Del Rey pertencia a Antonio Salema, governador do Rio de Janeiro no século XVI.
Após 1660, passou a pertencer à família Rodrigo de Freitas Mello. Em meados do século XIX, um nobre inglês compra parte das terras, e contrata em 1840 o paisagista inglês John Tyndale para projetar um jardim de estilo romântico, nos moldes das quintas européias.

Em 1859, parte da fazenda passa a ser propriedade de Antonio Martins Lage.

Os anos se passam, a chácara vai parar em outras mãos, mas, em 1920, um neto de Antonio Martins Lage, o empresário Henrique Lage, a compra.

Amante das artes, Henrique Lage apaixona-se e casa-se com a cantora lírica italiana, Gabriela Besanzoni. Para agradar a artista, manda construir uma réplica perfeita de um “palazzo romano”, e reformula parte do projeto paisagístico.

Dois grandes portões se abrem à Rua Jardim Botânico, nº 414, para os caminhos cercados de palmeiras imperiais que levam à mansão, projetada pelo arquiteto italiano Mario Vodrel. A fachada principal tem pórtico saliente, totalmente revestido de cantaria. O casarão, construído em torno de uma piscina, tem mármores, azulejos e ladrilhos importados da Itália. As pinturas decorativas dos seus salões foram assinadas por Salvador Paylos Sabaté.

Os jardins que cercam a casa fazem parte do Parque Nacional da Tijuca. São organizados de forma geométrica e o entorno compreende 52 hectares de floresta exuberante, com variedade de espécies da Mata Atlântica, nas encostas do Maciço do Corcovado e ao lado do Jardim Botânico.

O caráter eclético de sua arquitetura aliado ao estilo de vida de seus moradores refletiam o espírito de uma época, onde a vida social da cidade tinha lugar nos salões como o Palacete dos Lage. Deste período ainda encontram-se no Parque Lage algumas ruínas do antigo engenho de açúcar ali existente. Estes valores justificaram o tombamento da área verde, e das construções arquitetônicas ao seu redor pelo IPHAN, no ano de 1957, como patrimônio paisagístico, ambiental e cultural.

O Parque Lage cativa os visitantes que por aqui passam. Seja pela efervescência cultural da EAV, seja pela possibilidade de passeios no clima bucólico de sua área verde, onde destacam-se o lago e as ilhas artificiais, as pontes com trabalhos em rocaille, o coreto e a gruta, construídos em argamassa, imitando rochas e troncos de árvores.

Pode-se também circular dentro de uma das cavernas artificiais e admirar os aquários incrustados nas paredes. Os 12 tanques - o maior deles com capacidade para seis mil litros - abrigam diversas espécies de peixes, priorizando espécies de biomas de rios brasileiros.

Hoje, com bastante diversão para todas as idades, incluindo parque infantil, trilhas – que levam ao Cristo Redentor -, chafariz, áreas para piquenique e descanso, estacionamento amplo, gratuito, além de seguranças locais, o Parque Lage é um convite aos que desejam um contato próximo com a natureza.



Esse espaço está a sua disposição, basta observar o regulamento a seguir:
- Respeitar o silêncio no interior da Escola e da biblioteca, para não atrapalhar o funcionamento das aulas;

- Evitar qualquer espécie de ruído alto para não incomodar os alunos, professores e visitantes que circulam pelo Parque;

- Tomar cuidado com os trabalhos expostos nos cavaletes para que não sejam danificados;

- Não alimentar os animais no Parque;

- Levar saco para recolher o lixo; a fim de evitar entulho nas trilhas e passeios;

- Não fazer atalhos em trilhas, pois existe a possibilidade de se perder;

- Preservar o patrimônio cultural. Lembre-se que estamos em área de proteção cultural e ambiental. Zele pelo Patrimônio.








domingo, 10 de abril de 2011

Chapada dos Veadeiros

A Chapada dos Veadeiros, em sua face mais conhecida, é uma terra mística de paisagens surpreendentes. Elevando-se em pleno planalto central, no coração do Brasil, é formada por uma grande área de cerrado de altitude, farto de águas e nascentes de uma pureza ímpar. Abriga uma grande biodiversidade protegida com a criação do parque nacional em 1961, que resguarda 65.514ha compostos por uma natureza exuberante. Entre a rica fauna da região encontram-se Tamanduás, Lobo-Guará, Veado Campeiro entre outros. Algumas espécies, no entanto, correm um grande risco de desaparecer, como a Onça Pintada, que tem sua pele ostentada como troféu, além de ser caçada insistentemente por pecuaristas que contribuem com o declínio gradativo da espécie. São 312 aves catalogadas, entre elas, emas, araras e o Urubu-rei, caracterizado pela coloração exuberante, também é cada vez mais raro de se encontrar. A vegetação é composta basicamente pelo cerrado em suas diferentes formas, como campos de altitude, cerrado rupestre e campos limpos entrecortados por veredas compondo verdadeiros cartões postais. São mais de 1400 espécies de plantas. Estima-se, no entanto, que cerca de 50 estão sob risco de extinção. Além da farta fauna e flora, a formação geológica é uma das mais antigas da América do Sul, composta por rochas de mais de 1 bilhão de anos compondo um grande patrimônio natural mundial, tombado pela UNESCO em 2001. Obviamente, a riqueza natural não se restringe somente aos limites do parque, que expõem-se soberana por muitas léguas a perder de vista, e atrai ecoturistas e amantes da natureza em busca de uma boa caminhada, de um banho de cachoeira ou de uma contato mais íntimo com a natureza e com o próprio ser.


Tucano / Foto: André Dib - Copyright © André Dib - reprodução proibida


O misticismo em perfeita harmonia com a natureza.

Alto Paraíso, cidade com cerca de 7000 habitantes, é procurada há muito por grupos esotéricos que crêem vivenciarem nesse lugar uma energia diferenciada. Pudera, essa essência mística é perfeitamente plausível e digna de um paraíso cercado por serras, rios e cachoeiras compondo uma natureza pulsante e transbordando de vida. Como se não bastasse a cidade fica sobre uma imensa placa de cristal de quartzo, alimentando essa atmosfera mágica. É impossível passar por ali sem sentir tal presença. Seja nas histórias fantásticas de seres de outro mundo, ou na simples ruptura com um mundo egoísta e voltado para o consumo. Seja nas práticas de terapias alternativas ou no fato de que a cidade está sobre a linha do paralelo14, mesmo marco que trespassa a cidade sagrada de Machu Picchu. Segundo a NASA, é a área com maior luminosidade do planeta vista do espaço, devido a quantidade de cristal que brota da terra. Certos mistérios da natureza parecem impenetráveis e muitas vezes é melhor deixá-los assim. É claro que nem só de misticismo sobrevive a auspiciosa cidade goiana. Inúmeras trilhas levam a cachoeiras, cânions, e rios de água cristalina.


Cachoeira Santa Bárbara / Foto: André Dib - Copyright © André Dib - reprodução proibida


Para quem quer se aventurar existem diversas opções de esporte ao ar livre que são realizadas por ali. A agência Travessia Ecoturismo, especializada em turismo de aventura promove atividades como tirolesa, canionismo, trekking de diversos níveis e até travessias de 3 a 6 dias de duração, levando o viajante a lugares inóspitos e de rara beleza. Com guias experientes e a utilização de técnicas e equipamentos internacionalmente aceitos, as operações seguem as recomendações das normas brasileiras de turismo de aventura (ABNT), sendo referência no país. A tirolesa do “Vôo do Gavião” é um exemplo dessas atividades. Com 850 metros de extensão, as pessoas podem desfrutar de toda a paisagem ao redor, conhecendo um pouco mais sobre a geografia da região. Seguindo de Alto Paraíso para a Vila de São Jorge, encontramos diversas cachoeiras convidando o viajante para um deleite em deliciosos poços de águas cristalinas. Entrando pela fazenda São Bento, a 8km de Alto Paraíso, caminha-se cerca de 1,5km para desfrutar de uma queda de cerca de 40 metros, conhecida por Almécegas. No mesmo sentido e mais perto da vila de São Jorge, encontramos o Vale da Lua. Trata-se de uma paisagem extravagante, formada por sulcos circulares nas rochas, que lembram as formas das crateras lunares, esculpidas lentamente pelo Rio São Miguel, compondo um ambiente raro e surrealista.